Combate à COVID-19 em Moçambique: Experiências e práticas virtuais

Moçambique é um país com cerca de 30 milhões de habitantes, dos quais apenas 18% têm acesso à internet, sobretudo nas grandes cidades – centros urbanos. Porém, nos últimos anos aumentou o surgimento de iniciativas que usam as novas tecnologias como forma de mobilização social e política, sobretudo por jovens. Para além dos cidadãos, os políticos no geral e os governantes em particular aderem com maior regularidade ao uso de diversas plataformas digitais para se comunicar com os cidadãos, mas não só.

O presente texto vai procurar discutir o surgimento e aplicação de algumas iniciativas locais que usam a tecnologia, sobretudo a internet, como forma de mobilização para acesso à informação contra a pandemia da COVID-19 em Moçambique. Essencialmente, vamos partilhar experiências de actores do sector da saúde e da sociedade civil que se empenham no combate ao novo coronavírus. Para a sua concretização, o texto terá em conta uma pesquisa documental e entrevistas. Como resultado final, espera-se a apresentação do escopo geral sobre o uso das tecnologias digitais no combate à COVID-19 em Moçambique, razão pela qual pretendemos apresentar algumas iniciativas que foram desenvolvidas por entidades públicas e privadas, desafios e visão dos mentores sobre o impacto de tais iniciativas.

Um dos primeiros exemplos que procuraremos explorar é sobre os contornos do surgimento e da implementação de uma plataforma denominada “Fica Atento” – criada pelo Instituto Nacional de Saúde de Moçambique (INS) –, cuja missão é difundir informação oficial sobre os contornos da evolução da pandemia em Moçambique. O interesse será perceber por parte dos seus criadores que avaliação pode ser feita em termos de funcionamento e apropriação para os objectivos pelos quais foi criada. O outro exemplo a ser explorado é o surgimento de uma plataforma designada “CovidMoz”, cuja missão tem sido a partilha em tempo real de dados sobre a evolução da pandemia em Moçambique.

O nosso interesse ao destacar a plataforma será no sentido de perceber de que forma a mesma não pode significar uma sobreposição de acções, no sentido em que existe praticamente um exemplo similar que é feito pelo INS. Interessa-nos ainda perceber qual tem sido o público-alvo desta última plataforma e que tipo de feedback por parte dos usuários existe sobre a mesma.


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Dércio Tsandzana